Por conta da pandemia da COVID-19, nunca se falou tanto sobre a importância da imunização. Porém, muito antes de esse novo vírus virar o mundo de cabeça para baixo, a sociedade já convivia com muitos outros vírus e bactérias. Aliás, tais microrganismos, no passado, assolaram a humanidade e causaram doenças perigosas.
Por isso, a vacinação é o principal instrumento de combate, prevenção e erradicação de diversas condições infecciosas. Devido a ela, as novas gerações de médicos só conhecem algumas enfermidades pelos livros e histórias. De todo modo, são exemplos:
- gripe;
- caxumba;
- tétano;
- poliomielite;
- sarampo;
- rubéola;
- difteria;
- rotavírus;
- e coqueluche.
De acordo com o infectologista Moacir Pires Ramos, médico cooperado da Unimed Curitiba e especialista em epidemiologia, manter a cobertura vacinal em dia é essencial. Isso porque todos os benefícios das vacinas só se dão quando a maioria da população se imuniza.
“Vacinas dependem de várias etapas de estudo, são resultados de pesquisa científica, e desenvolver cada uma delas é um processo caro. Porém, elas evitam sofrimento e mortes, é algo que a sociedade precisa perceber e de que não pode abrir mão. Elas significam muito valor social em termos da vida”, indica.
“Além disso, vacinar-se é um ato de responsabilidade social. Afinal, quando você se imuniza, deixa de ser um possível agente transmissor de doenças. O mundo, antes das vacinas, é um mundo de que não deveríamos nos esquecer, e muito menos correr o risco de reviver”, ressalta.
Queda na cobertura vacinal preocupa e aumenta o risco de novas epidemias
Foi em 1796 que o médico inglês Edward Jenner fez um experimento com uma ordenadora de vacas e um garoto de oito anos. Assim, surgia a primeira vacina, que foi contra a varíola e mudou a história da Medicina – e da humanidade. Então, de lá para cá, doenças terríveis deixaram de assustar, muitas foram extirpadas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas salvam mais de 3 milhões de vidas por ano.
Entretanto, a cobertura vacinal está em queda nos últimos 5 anos, situação agravada pelo isolamento físico gerado pela pandemia. Ou seja, algumas dessas conquistas entraram em risco quando, por exemplo, pais deixam de vacinar seus filhos.
Segundo dados de outubro de 2020 do Ministério da Saúde, ao longo do ano passado, apenas 63,88% dos brasileiros se vacinaram com a BCG contra tuberculose. Além disso, apenas 74,7% contra a poliomielite. Com isso, a polio corre o risco de se juntar ao sarampo como uma das doenças anteriormente consideradas erradicadas no Brasil e que agora traz novas epidemias ao país. A morte por sarampo, segundo a OMS, aumentou 50% nos últimos 4 anos.
Campanha da Unimed Curitiba reforça a responsabilidade coletiva atual de manter a imunização em dia
Diante desse cenário, a Unimed Curitiba lançou, em junho, uma campanha que lembra o grande feito de Edward Jenner 225 anos atrás. A ação mostra como a humanidade redescobriu a importância da vacina nos dias atuais.
Além de reforçar o compromisso de cuidado e de promoção à saúde e ao bem-estar da cooperativa, o objetivo da comunicação é mostrar que todas as vacinas importam. Isso para todas as idades e para todas as pessoas. Criada pela agência Bronx, a campanha conta com banners de web, painéis de LED, posts, cartazes e outras peças físicas.