Considerada a mais difundida Doença Sexualmente Transmissível e a principal causa do câncer de colo de útero, vagina e vulva, o HPV atinge mais de 600 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na última segunda-feira (27), o Ministério da Saúde divulgou dados preliminares de um estudo que apontam uma prevalência de 54,6% de casos de HPV entre a população brasileira de 16 a 25 anos, sendo que 38,4% são de tipos de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
Em Curitiba, a pesquisa revela que 48% dos jovens de 16 a 25 anos estão infectados. Para o médico infectologista da Unimed Curitiba, Jaime Rocha, os dados são alarmantes. “A vacinação contra o HPV ainda está muito abaixo do esperado e isso é preocupante. Embora não substitua outros métodos de prevenção nem permita o abandono do uso de preservativos, a vacina é mais uma arma contra a doença, já que se trata de um vírus altamente contagioso.” A vacina já foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda atende a uma faixa etária restrita.
Na rede particular também é possível encontrar a vacina. A Unimed Laboratório aplica a vacina contra HPV em mulheres de 9 a 45 anos e em homens de 9 a 26 anos. Pessoas fora dessa faixa etária devem se vacinar apenas com recomendação médica. Rocha explica que a doença é transmitida desde o início da vida sexual. “A maioria das pessoas adquire o HPV nos primeiros três anos em que passam a ter relações sexuais, por isso a importância da vacinação a partir dos 9 anos tanto para as meninas, quanto para os meninos”, afirma.
“Embora elas sejam indicadas para a faixa etária que vai dos 9 aos 26 anos, a vacina têm excelente eficácia em pessoas com mais idade. Além disso, os homens também estão relacionados às doenças que podem aparecer em forma de verrugas genitais, câncer de ânus, câncer de laringe e câncer de pênis. Portanto, também devem se preocupar com a prevenção”, explica o infectologista.
As vacinas contra o HPV são administradas em três doses. A primeira é dada na data escolhida, a segunda com intervalo de 30 a 60 dias (dependendo da vacina utilizada – bivalente ou quadrivalente) e a terceira com 6 meses de intervalo da primeira dose. Resultados dos estudos clínicos demonstraram eficácia de 99% para câncer de colo de útero, 100% de proteção para lesões de alto grau de vagina e vulva e 99% para lesões genitais externas.
Transmissão do HPV
As relações sexuais são a principal forma de transmissão do vírus, mas ele também pode ser disseminado pelo sangue, por roupas ou objetos contaminados (como toalhas, roupas íntimas ou sabonetes), pelo beijo e durante o parto.
Sintomas
A doença causa feridas principalmente na região genital, mas também em outras partes do corpo, como pernas e braços. O maior perigo está nas verrugas que aparecem internamente, perto do útero, que não são visíveis e, sem tratamento, podem levar ao câncer.
Vacina na Unimed Laboratório
A Unimed Laboratório oferece a vacina contra HPV. A aplicação deve ser feita na Megaunidade, localizada na Av. Iguaçu, n.º 1.815, Água Verde, em Curitiba.